sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SELEÇÃO DA COPA AMÉRICA II - A MISSÃO: OS PIORES DO CERTAME

Por Germano "Iceman" Neres*




É… pouco mais de uma semana depois e cá estou eu para divulgar a minha seleção com os piores da última Copa América. Confesso a vocês que tive dificuldades quanto à escolha do critério de avaliação, pois pegar ¼ do time do Peru, da Bolívia, da Venezuela e do Equador entendo que seria fácil demais. Então, sendo assim, preferi mesclar o time com jogadores que sabemos que não joga nada mesmo, com alguns que decepcionaram, ou então que já não apresentam o mesmo futebol devido à idade avançada ou algo parecido. Explicado os critérios, vamos aos “melhores pernas-de-pau” do último certame sul-americano de seleções.


Arqueiro

Júlio César (Brasil). Não tinha como eu deixá-lo de fora depois dos dois gols que ele levou de Caicedo, contra o Equador. Só de lembrar a ótima piada que dizia que naquele jogo tinha o Caicedo, o “Cai Tarde” (o próprio Júlio), o “Cai-cai” (Neymar) e mais o “Nunca Cai” (Ricardo Teixeira), já valeria a sua eleição. Camisa #1 pra ele!

Lateral-Direito



Neicer Reasco (Equador). “PELAMORDEDEUS”! O cara simplesmente deixou o certame sem acertar sequer um cruzamento?! E ainda marcava mal, não sabia fechar como terceiro zagueiro, enfim, um zero à esquerda de um time idem. A #2 é dele sem concorrentes mais próximos, Daniel Alves foi uma boa lembrança, mas ele não foi pior do que o Reasco.

Zagueiros

Ronald Raldes (Bolívia). Em uma seleção dos piores, lógico que tinha de ter um dos zagueiros bolivianos, e escolhi justo o capitão. Chuta para aonde aponta o nariz – até aí, tudo bem… -, o problema é que às vezes nem isso ele sabia fazer direito, sem falar no fato de ele ficar assistindo aos outros cabecearem em sua própria área sem nem sequer tentar sair do chão, mas também, o que eu quero exigindo tanto de um zagueiro da Bolívia?!

Gabriel Milito (Argentina). O novo reforço do Independiente, de Avellaneda, depois de ficar um longo tempo longe dos gramados recuperando-se de grave lesão, voltou e nunca mais conseguiu exibir a mesma serenidade e categoria ao sair lá de trás com a bola nos pés. Com a camisa alviceleste, mostrou lentidão preocupante, má colocação na bola aérea e falta de poder de recuperação, indícios de um final de carreira muito próximo.

Lateral-Esquerdo



André Santos (Brasil). Podem até me falar que os laterais canhotos de Bolívia, Peru e Equador jogam menos, mas estou acostumado a ver a seleção brasileira com grandes jogadores naquela posição: Júnior, Branco, Roberto Carlos. E ver o futebol burocrático e covarde de André Santos na Copa América fez dele o eleito.

Centro-Médio



Ramires (Brasil). Não acertou um passe, não contribuiu no apoio e quando o fez foi muito mal. Nunca “morri de amores” pelo seu futebol, e pra mim, esta Copa América só confirmou aquilo que sempre falei entre amigos: Não tem a mínima condição de integrar a seleção brasileira. Às vezes, ele pensa que joga mais do que realmente o faz.

Meias



Éver Banega (Argentina). Se alguém o ver por aí avisem, porque na Copa América é que ele não foi. Entra na seleção por falarem tanto nele como esperança de dar o tão falado suporte para que Lionel Messi jogasse na seleção tudo o que joga no Barcelona. E, no entanto, o que se viu foi “La Pulga” jogando sozinho como sempre, já Banega…

Paulo Henrique Ganso (Brasil). Sei, vou escutar muito por eleger o Ganso entre os piores do certame, mas foi outro que pecou por se esconder e fazer apenas o “feijão com arroz” quando se precisava de alguém para fazer o “molho especial”. Gosto demais de seu futebol e aposto muito mais nele do que em Neymar no futuro. Eu poderia escalar o “firuleiro” Valdívia, mas desse eu nunca espero nada mesmo. Ganso é o eleito mesmo sabendo que ele joga mais, mas sua Copa América foi decepcionante.

Atacantes



Marcelo Moreno (Bolívia). Certo, não se pode esperar muito de um atacante boliviano, e embora ele seja brasileiro de nascimento, jogou nas seleções de base e tudo, sempre foi um bom atacante, e para os padrões bolivianos, ele é até excelente, porém, quando teve a oportunidade de se consagrar enfrentando a Argentina, não apareceu, e foi assim durante o certame inteiro. Nem “El Diablo” Etcheverry – meia boliviano nos anos 90 – amarelava deste jeito quando enfrentava as grandes seleções.

Lucas Barrios (Paraguay). Artilheiro no Borussia Dortmund, amarelão com a camisa da seleção paraguaia. Barrios não consegue jogar na seleção o que joga na Alemanha, e seu baixo rendimento o levou a condição de reserva de Haedo Valdéz ainda em meio ao certame. Nem Larissa Riquelme torcendo pelo Paraguay na arquibancada e prometendo se desnudar em caso de título o fez deslanchar. É… isso é grave mesmo!

Robinho (Brasil). O que dizer mais de nosso “triatleta”?! Que pedala, corre e… nada?! Eu mesmo já falei que depois do que ele não mostrou neste certame, ele já deixou de ser triatleta, porque ele não corre mais, nem pedala, o que ele continua fazendo mesmo é NADA!

Técnico



Mano Menezes (Brasil). Um cara que pode e tem a felicidade de poder escolher os melhores, e mesmo assim não consegue dar padrão de jogo, nem fazer o time jogar o mínimo que se espera, só tem lugar mesmo é no comando dos piores. Mano se esforçou tanto e conseguiu ser eleito.


“Craque” do certame

Robinho (Brasil).

Revelação

Felipe Caicedo (Equador).



Agora quero saber qual a seleção de vocês também, não é tão fácil como parece.

Um grande abraço e ótimo final de semana a todos!




*Germano "Iceman" Neres é blogueiro do Polivalente e colaborador do Miojo Genérico.