sexta-feira, 24 de junho de 2011

C'MON MAN?! O Mundo dos Esportes Americanos: DOIS ESPORTES, DUAS EQUIPES, AMBAS CAMPEÃS E UM LEGADO – 2ª PARTE

Por Germano “Iceman” Neres*




No post anterior falei da vitória do Dallas Mavericks sobre o Miami Heat e da lição que havia ficado para o time da Florida ao subestimar o time do Texas imaginando que tão somente a força e qualidade individual de três de seus atletas fariam com que saíssem campeões da liga. Falei também da tese que defendo de que “Ataques ganham partidas, mas defesas ganham campeonatos”, e é exatamente este o ponto que destacarei neste post ao falar da vitória do Boston Bruins sobre o Vancouver Canucks na série final da Stanley Cup 2011, que lhes deu depois de 39 anos, o título nacional da National Hockey League.


Antes ainda de a série final iniciar, todos – exceto os fãs dos Bruins é claro – davam com quase 100% de certeza de que o Vancouver Canucks conquistaria no ano de seu 40º aniversário e pela 1ª vez em sua história, o título nacional, os Canucks terminaram a temporada regular com o melhor ataque da liga, e ainda tiveram a eleição de Henrik Sedin como MVP (melhor jogador da temporada regular), sem falar na qualidade técnica tanto individual, como também coletiva da equipe, que até lhes rendeu o apelido de “Barça do gelo”, uma alusão ao fantástico time de Futebol que encanta o mundo quando entra em campo.

Do outro lado havia o Boston Bruins, uma grande e tradicional equipe, que chegou à decisão da Stanley Cup enfrentando um caminho cheio de pedras e dificuldades, quase foram eliminados pelo Montreal Canadiens quando perdiam a série por 2-0 e classificaram-se vencendo no jogo 7 por 4-3, varreram o Philadelphia Flyers com sonoros e respeitáveis 4-0 e cresceram no momento certo, na decisão da liga.

Os Bruins jogavam um Hockey primeiramente de muita força física, e aplicavam sua qualidade técnica posteriormente, mas sempre com muita disciplina e movimentos calculados no ataque, mas principalmente na defesa, que foi o diferencial do confronto final na luta pela taça. Os Canucks venceram os dois primeiros jogos da série em seus domínios e davam a impressão de que poderiam “varrer” Boston mesmo jogando os dois jogos subseqüentes em Massachusetts, mas embora tivesse vencido, havia ficado algo no Canadá que Vancouver parece não ter dado muita importância, mas que para quem assistiu aos jogos com olhos de analista havia ficado bem claro que a qualidade defensiva de Boston mesmo perdendo, mas por 1-0 – gol faltando 13 segundos para o fim –, e 3-2 – gol aos 11 segundos do OT -, os Bruins ali mostraram sua capacidade defensiva de alto nível, e um jogo físico muito agressivo que causava dificuldades ao time canadense até na sua transição ofensiva. Os jogos em Massachusetts comprovariam ainda mais a minha já famosa, mas polêmica teoria.

Pois os Bruins venceram os dois jogos em sua casa e por sonoras goleadas (8-1 e 4-0) mostrando que era capaz de lutar contra um time teoricamente superior, a equipe de Boston exibia o mesmo jogo físico, mas também uma eficácia invejável nas chances criadas, onde convertia quase tudo o que construía. Os Canucks não tinham espaço para criar, nem para impor sua filosofia na troca de passes na zona ofensiva, com arremates perigosos sempre surgindo alguém livre para marcar dando a impressão de que estavam sempre no Power Play. O sistema defensivo dos Bruins simplesmente não permitia nada à equipe canadense, o arqueiro Tim Thomas era uma muralha quase intransponível pegando tudo e deixava o gelo sempre como um dos melhores. A defesa do Boston Bruins começava a decidir a Stanley Cup em seu favor. Os Canucks ainda venceriam o jogo 5 no Canadá por 1-0 – de novo placar magro – e os Bruins o sexto jogo em Boston por 5-2 forçando assim o sétimo e derradeiro confronto.

Na decisão do Canadá, foi visível o nervosismo de Vancouver, o peso de erguer a 1ª Stanley Cup frente a sua torcida parecia incomodá-los demais, e foi aí que entrou a tradição, a experiência e a eficiência defensiva dos Bruins, que apenas permitiram shots de longa distância, e quando foram ao ataque marcaram quatro gols e conquistaram com méritos seu 6º título da Stanley Cup.

Tim Thomas (foto abaixo), o arqueiro de Boston acabou sendo escolhido o MVP da Stanley Cup com absoluta justiça, e coroou sua carreira que até a uns anos se resumia em apenas jogar nas ligas menores de Hockey chegando à NHL já passado dos 30 anos, mas suas atuações foram estupendas, ele foi apenas o 4º arqueiro na história da liga a cravar um shutout (jogo sem levar gols) em decisão do título nacional, e o 1º fazê-lo fora de casa, Thomas também bateu o recorde de defesas em uma só temporada (798) e o de maior número de defesas em finais da liga (238).

O mérito defensivo do Boston Bruins foi tanto, que só pra terem uma idéia, nos sete jogos das finais cederam apenas oito gols ao adversário, e não era qualquer oponente, “apenas” eram o melhor time e melhor ataque da temporada até então, e não bastasse isso ainda demonstraram um poder ofensivo extraordinário anotando 23 gols sendo 16 deles apenas contando os primeiros dois períodos de cada um dos sete duelos.

Conclusão: Defender também é uma arte, e gera frutos. Tivemos tanto no Basketball como no Hockey no gelo, dois grandes exemplos de domínio defensivo e que nem por isso deixaram de ir à frente para vencer. É possível erguer taças se defendendo, a defesa é o início de tudo, é ali que você vai ver aonde pode chegar o seu time seja em qual for o esporte. Agora terei mais tempo de dedicar meus posts, tanto aqui quanto no Polivalente ao Baseball, e ali também nada será possível se não defender com competência, vale lembrar que as partidas de Baseball só terminam conforme cada equipe for conquistando três eliminações, independentemente da eficiência do pessoal do bastão. E isto se chama o quê?! Isto sem falar no Football da NFL, talvez o único esporte onde possa falar da defesa sem ser “trollado” no twitter ou em qualquer rede social.

O legado deixado por Dallas Mavericks e Boston Bruins será novamente confirmado pelo campeão da MLB e posteriormente pelo campeão da NFL: “ATAQUES GANHAM PARTIDAS, MAS DEFESAS GANHAM CAMPEONATOS.”

Os próximos posts serão sobre o andamento da Major League Baseball, com o fim das temporadas no Basket e no Hockey, a bola rápida, as bases lotadas e os Home Runs virão com tudo aqui no Miojo e também no Polivalente.

Abraço e bom fim de semana a todos!




*Germano "Iceman" Neres é blogueiro do POLIVALENTE e colaborador do Miojo Genérico.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

DOIS ESPORTES, DUAS EQUIPES, AMBAS CAMPEÃS, E UM LEGADO – 1ª PARTE

Por Germano "Iceman" Neres*





Pouco mais de duas semanas se passaram desde meu último post aqui no Miojo, e tivemos Dallas Mavericks e Boston Bruins conquistando os títulos nacionais da NBA e da NHL respectivamente. Para alguns foi uma tremenda surpresa tanto no Basketball quanto no Hockey no gelo, mas se for feito um balanço do que aconteceu nas respectivas temporadas destas equipes veremos que de surpresa, não teve foi nada. O que vimos foi a vitória da raça, competência, dedicação e do trabalho de equipe, sobre a individualidade e até da soberba.


Na principal liga de Basketball do mundo, o Dallas Mavericks aplicou uma lição no Miami Heat. Venceu a série por 4-2 como eu havia previsto no POLIVALENTE, com muita força, dedicação, qualidade técnica e trabalho de equipe, eles quebraram uma máxima na história da liga, que nunca havia visto o vencedor do jogo 3 deixar de erguer o troféu de campeão, os Mavs perderam essa partida em casa lembram? Pois depois foram até a Florida para o jogo 6, e todos falavam que ou Dallas vencia no 6º jogo, ou então o campeão seria Miami no sétimo. E os Mavericks não deram chance para o Heat e venceram no jogo 6 com muita autoridade.

Ouvi muita coisa depois, e li também no meu twitter, o pessoal me zoando a respeito de uma tese que tenho no que diz respeito à diferença de vencer partidas e campeonatos, principalmente no Basket, onde sempre defendi duas teses: a primeira é: No Basket, se você tem o melhor time vence seja qual for a circunstância. Raramente se vê o melhor time perder no Basket, menos ainda em uma liga de tão alto nível como a NBA. O Miami bateu Boston Celtics e Chicago Bulls para chegar às finais, teoricamente, na visão destes que contestavam minha tese, estes dois times eram superiores ao Heat, e eu vos digo que não. Os Bulls têm em Derrick Rose a sua referência técnica, o seu melhor jogador, Rose foi eleito o MVP da temporada e não foi à toa, mas na hora em que a chapa esquentou Rose ficou sozinho, talvez pra não ser tão ríspido com o time de Chicago digo que Luol Deng fez companhia para ele, mas e os outros? E Carlos Boozer? E Joakim Noah? Eles simplesmente não jogaram nada, enquanto do outro lado, Dwayne Wade, LeBron James e Chris Bosh jogavam no mais alto nível, e quando isso acontece sai de baixo. Por mais que eu também entendesse que o conjunto dos Bulls era capaz de superar a individualidade do Heat, não houve o que fizesse Boozer e Noah entrarem em quadra nas finais da Conferência Leste, e aí Miami foi adiante. Já no confronto contra os Celtics nas semifinais, a mesma coisa. Os Celtics sentiram a maior média de idade, impossível querer que Paul Pierce, Ray Allen, e Kevin Garnett corressem durante os 48 minutos de partida em no mínimo seis jogos para avançar, a juventude e melhor preparo físico fez a diferença na série e foi o fator principal no avanço do Heat. Aí me dirão que ainda assim eles não eram melhor time. Sim eles eram melhor time que estes citados anteriormente devido a outros fatores que influem fortemente dentro de quadra quando o assunto é pós-temporada.

A segunda tese é a seguinte: Ataques ganham partidas, DEFESAS ganham campeonatos. Os Mavericks apresentaram um sistema defensivo que diminuiu o ímpeto de Miami em cerca de 8 pontos a menos por partida do que na temporada regular inteira. LeBron James, só pra variar um pouquinho “amarelou” de novo nas finais e não jogou absolutamente nada prejudicando a sua equipe. Eu falei certa vez, mas no twitter, que eu não respeito jogadores que não são leais às equipes que os escolhem no Draft. Entendo que às vezes não há o que ser feito pelas franquias para manter seus principais jogadores na cidade, o dinheiro em algumas vezes é curto demais e na NBA há um teto salarial e um número limite de jogadores que você pode pagar salários digamos extravagantes. Mas no caso do James foi a mais pura sacanagem, ele fez de tudo para deixar Cleveland e se juntar à Wade e Bosh para conquistar finalmente seu anel de campeão decepcionando seus milhares de fãs que agora o odeiam. O James agora, além de odiado e amarelão é também um fracassado, porque nem o título para Miami ele conseguiu, e já havia sido assim quando disputou sua primeira final ainda pelo Cleveland contra o San Antonio, onde ele igualmente não apareceu nas finais e sua equipe acabou perdendo. E ainda que conquiste um título com o Heat jamais terá o mesmo significado que teria se fosse com os Cavaliers. Michael Jordan quando da transferência de James para o Heat falou e disse: “Quando eu jogava na liga fazia de tudo e mais um pouco para superar Magic Johnson e Larry Bird, jamais eu seria capaz de me juntar a eles só para ser campeão. Nunca faria uma coisa dessas, e se fizesse simplesmente não dormiria tranqüilo!”

A declaração de “Air” Jordan resume bem o que pensam não só eu, mas todos aqueles que respiram Basketball. E que sirva de lição para todos aqueles que um dia ousaram compará-lo a Jordan, não é mesmo, Mr Scottie Pippen?! Pippen, escudeiro de Jordan no Bulls dos anos 90 disse certa vez que LeBron “tem coisas de Jordan”. Eu mesmo desde que LeBron James chegou à NBA, a única coisa que eu vi de igual ao Jordan foi o número 23, que ele não usa mais porque segundo ele mesmo falou “ninguém deveria mais usar este número por tudo o que Jordan fez pelo Basket”. Até ele sabe disso e o Pippen tinha que dar essa “pisada no tomate”?! Por favor né?! Exemplo é o Dirk Nowitzki, que estando free agent teve chance de deixar Dallas antes do início desta temporada que passou, mas ao contrário de LeBron fez de tudo para ficar porque segundo ele "o título só teria significado pra ele se fosse conquistado com os Mavericks". Notaram a diferença de posicionamento?!

Com um time mais compacto e mais completo, com Jason Kidd dando uma aula de como articular e comandar uma equipe de dentro da quadra, e de Dirk Nowitzki decidindo tudo sempre no 4º quarto em todos os jogos das finais, o Dallas Mavericks provou que no Basket, sim, se você defender com competência e dedicação, e aliar isso ao trabalho de equipe não só na defesa como também no ataque, você terá um time, e se fizer isso melhor do que seu adversário será o melhor time, e se fizer isso não somente na temporada regular, mas também na série final, você terá não só o melhor time, você terá o melhor e o campeão.

No próximo post falo dos mesmos fatores, mas que influíram na decisão do Hockey da NHL.

Grande abraço a todos!



*Germano "Iceman" Neres é blogueiro do POLIVALENTE e colaborador semanal do MIOJO GENERICO.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

AS FINAIS ELETRIZANTES DA NBA E DA NHL

Por Germano "Iceman" Neres.



Nesta semana começaram as finais da liga de Basketball e de Hockey no gelo nos USA. E se os jogos da temporada regular já são bons de assistir imagine os playoffs, e posteriormente as finais como é o caso de agora. O nível técnico dos jogos está altíssimo tanto na NBA quanto na NHL.

No início desta semana tivemos o jogo 1, e na noite de ontem o 2º jogo da série melhor de 7 das finais da NBA entre Dallas Mavericks @ Miami Heat. Dois jogos extraordinários, que foram decididos no detalhe, aliás, como toda a final normalmente é, mas nesta série final da NBA estamos diante de duas escolas bem distintas: de um lado, os Mavericks e seu jogo coletivo, de transição cadenciada da defesa para o ataque, triangulações ofensivas e defensivas, tudo comandado por Jason Kidd, um armador à moda antiga que aos 38 anos joga em um nível altíssimo ainda sendo um dos maiores da história da liga na posição, e que conta com a excelência de seu outro principal jogador, Dirk Nowitzki, que além de se adequar à filosofia do técnico em prol da equipe, tem o dom de decidir individualmente quando necessário usando de sua estatura de pivô com habilidade de armador. Do outro lado: Miami Heat, uma equipe que não privilegia o jogo coletivo, é comandada por um trio de jogadores, Dwayne Wade, LeBron James e Chris Bosh - a quem chamo “carinhosamente” de Trio Ternura, uma alusão ao trio de personagens do filme “Cidade de Deus” -, dentro de quadra e totalmente dependente da individualidade deles e de suas qualidades técnicas, não possuem um repertório vasto de jogadas nem de táticas, crêem tão somente em sua qualidade e nada mais.

No jogo 1 prevaleceu exatamente a 2ª escola, pois o “Trio Ternura” jogou demais e quando isto acontece esquece essa de vencer o Heat que não vai rolar. LeBron James jogou demais, e comandou a vitória que pôs Miami na frente com 1-0 na série, e, além disso, dominaram os rebotes tanto ofensivos quanto defensivos, e com uma defesa sólida não permitiu à Dallas usar sua principal arma, a bola de 3 pontos. Miami jogou tão bem e as coisas deram tão certo no jogo 1 que ofuscou até a grande atuação de Dirk Nowitzki por Dallas, o time da Florida teve méritos na vitória, até trabalharam razoavelmente bem a bola, coisa rara naqueles lados, mas também a impressão que se tinha era a de que se qualquer um dos jogadores do Heat arremessasse de olhos vendados naquela noite, todas as bolas cairiam de “chuá”.

O mesmo já não se pode falar do jogo 2. Ainda que Miami tenha dominado a maior parte do placar, suas estrelas não estavam em grande noite exceto Dwayne Wade, que marcou 36 pontos e só não foi “O Cara” da partida porque Nowitzki e Cia tomaram conta do último período e viraram espetacularmente o jogo e conquistaram a vitória que empatou a série. Para quem não assistiu à partida, o Heat vencia por 15 pontos de diferença faltando 6 minutos para acabar o jogo e já pensavam no jogo 3 no Texas quando Jason Kidd, Nowitzki e Cia viraram o placar nos últimos segundos de partida vencendo em plena Florida por 95-93.

O jogo 3 acontecerá no domingo, às 21 horas, horário de Brasília, com transmissão ao vivo da ESPN e ESPN HD. Segundo estatísticas, na história das finais da NBA, quando as duas equipes chegaram empatadas para o jogo 3, o vencedor da mesma levou o caneco em pelo menos 88% das vezes, seria um sinal?! Se depender desta estatística o jogo 3 que já é decisivo por natureza terá cara de finalíssima da liga. Fiquemos então atentos a este jogo, a American Airlines Center, no Texas vai estar bombando para os próximos duelos, pois além do 3º jogo, o 4º e o 5º também serão nos domínios de Dallas, e caso não tenhamos o campeão por lá a série volta para a Florida para mais dois confrontos, o sétimo apenas se necessário, naturalmente.

O fato é que a 2ª partida escancarou certas fraquezas de Miami. A 1ª eu havia falado no POLIVALENTE, que era o fato da dependência do Heat da individualidade de suas estrelas. Avisei por lá também que quando somente um dos jogadores estivesse bem na partida seria insuficiente para Heat vencer um jogo, pois Wade foi fantástico neste jogo 2, mas James e Bosh estiveram bem abaixo da média, vamos combinar também que Chris Bosh não é nenhuma “Brastemp”, é bom jogador, mas daí chamá-lo de estrela, não cheguemos a tanto. Bosh é um bom complemento das duas estrelas, até assumiu parte do jogo 1 com boa desenvoltura, dominou os rebotes na defesa e no ataque, vinha sendo regular até a noite de ontem, mas como não é um fora de série sentiu o jogo e a responsabilidade de comandar as ações. LeBron James quando penso que “agora vai”, que a fase de “amarelão” passou, ele simplesmente passa o 4º quarto de ontem zerado em pontos, isso para um jogador da estirpe em que muitos o colocam, de ele ser um "fora de série" é algo gravíssimo. Como pode um “fora de série” não anotar uma cestinha sequer?! Simples. Ele não está neste patamar ainda. Não podemos colocá-lo no mesmo degrau de Kobe Bryant, por exemplo, este sim é um “Fora de Série”. Ainda assim, não melhor que Jordan porque esse é de outra galáxia, mas este é um assunto para outro post aqui no Miojo.

A 2ª fraqueza do Heat é o fato de não possuírem um armador de ofício na posição 1. Wade é quem atua ali, mas é muito mais um posição 2 adaptado do que propriamente um típico armador, se fosse teria ao menos feito o básico de um armador controlando o relógio, e aí sim, Miami talvez tivesse vencido a partida de ontem e estaria com 2-0 na série indo com tranqüilidade para o Texas com amplas chances de voltar de lá com a taça. A diferença do jogo 2 foi sem dúvida Jason Kidd, que pontuou pouco, mas comandou com maestria as ações dos Mavericks junto com Nowitzki e assim venceram jogando coletivamente. Eu sou torcedor do NY Knicks, mas minha torcida é por Dallas nessas finais devido exatamente ao seu jogo coletivo, não acho que acumular estrelas no mesmo time, caso do Heat resolva os problemas, depender única e exclusivamente da individualidade pode ser arriscado, pois abafa muitos defeitos de um time nas vitórias, como aconteceu com Miami, que pelo jeito não sabe por que venceu o jogo 1 e como conseqüência perdeu o jogo 2.




AS FINAIS DO HOCKEY DA NHL

Boston Bruins e Vancouver Canucks já realizaram uma partida pelas finais da Stanley Cup, a decisão da National Hockey League. Os Canucks venceram por 1-0 o jogo 1 da série melhor de sete jogos em uma partida sensacional em que o placar foi aberto quando faltavam 19 segundos com gol de Raffi Torres, e esse foi o gol mais tardio da história das finais da Stanley Cup que terminaram com o placar de 1-0. O recorde anterior pertencia a Samuel Pahlsson que havia marcado o gol da vitória dos Ducks a 5 minutos e 44 segundos do fim do jogo.

Vejo os Canucks com mais “farinha no saco” para levar a Stanley Cup para casa. Melhor campanha da temporada regular, melhor ataque, um time muito forte fisicamente, com um grande arqueiro e muitos recursos técnicos principalmente quando atua na zona ofensiva, onde são muito criativos e pacientes na troca de passes rápidos e nas inversões de jogadas. Neste jogo 1 houve 12 Power Plays, meia dúzia para cada time, e nenhum gol das equipes, mas com uma diferença: os Bruins possuem uma das piores linhas de Power Play da liga, tiveram PP de 5 vs 3 e mal arremataram a meta de Luongo, já aos Canucks, o time de Boston não pode dar esse mole de ceder PP toda hora porque não será sempre que a poderosa linha de PP canadense passará em branco em jogo de final de Stanley Cup. Aos Bruins, a chance de se manter vivo e com chances de levar a taça, é não desperdiçar tantas oportunidades de gol como fizeram no 1º jogo em que consagraram o Roberto Luongo, arqueiro de Vancouver. Boston conta igualmente com um “Senhor arqueiro” que é o Tim Thomas, um dos melhores jogadores da pós-temporada, mas que não fará “a água virar vinho” todo o santo jogo, principalmente enfrentando o poderoso ataque dos Canucks. Meu palpite aqui é por Vancouver, que no ano de seu 40º aniversário tenta a conquista sua 1ª Stanley Cup e também a quebra da hegemonia estadunidense, que há 18 anos vence o campeonato nacional de Hockey no gelo mais importante do planeta. Os Bruins buscam sua 6ª taça, a última foi no distante 1972, quando bateu em 6 jogos o meu NY Rangers. Que dureza!

Abraço e bom fim de semana a todos!