terça-feira, 30 de junho de 2009

Matheus Nachtergaele disposto a chocar: "A festa da menina morta"


O cinema brasileiro, ao contrário do que ainda vejo muito enraizado na cabeça de grande parte (burra!) da população, não é simplesmente baixaria, pornografia ou realidade de uma comunidade carente com o pretexto de mostrar violência gratuita.
Aliás esse é um outro assunto a se tratar, é legal como o cinema brasileiro descobriu que seus filmes também podem ser apenas para entretenimento, mas este tema eu desenvolvo em outrapostagem.
O filme "A festa da menina morta", que marca a estréia de Matheus Nachtergaele na direção de filmes, mostra que vem para balançar as estruturas do cinema brasileiro, se não pela aceitação do público e bilheteria, pois o mesmo não será exibido em circuito de cinemas, mas sim pela história ousada e um roteiro semi biográfico e profano que o filme exibe.
O filme se passa em uma comunidade nos confins da Amazônia que vive em torno de uma crença baseada nos milagres realizados por um jovem, que quando criança ao receber de um cachorro os pedaços do vestido de uma menina desaparecida é atribuído a ele a realização de feitos sobrenaturais.
Não bastasse a bizarrice da comunidade em que o filme se passa, e o grupo de mulheres seguidoras de Santinho, o personagem principal do filme e interpretado por Daniel de Oliveira, a relação familiar de Santinho e seu pai (Jackson Antunes) é bastante provocadora. Santinho órfão de mãe desde o nascimento, estabelece com seu pai uma relação incestuosa, na tentativa de manutenção da unidade familiar perdida com a morte de sua mãe, que em forma de espírito ecoa pelos cômodo da casa.

O filme ficou viajando pelos principais festivais de cinema no último ano, e começa a ser distribuído para algumas salas de cinema pelo Brasil. Ingredientes suficientes para um graaaande filme ele tem... resta agora assistirmos!!!

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