quinta-feira, 28 de julho de 2011

SELEÇÃO DA COPA AMÉRICA: VOCÊ JÁ FEZ A SUA?

Por Germano "Iceman" Neres*







Todos já sabem que a seleção uruguaia, a gloriosa Celeste Olímpica venceu o principal certame de seleções do continente e com a mais absoluta autoridade e justiça sagrou-se a mais vencedora das seleções da América do Sul. Agora é a hora de fazer o que todos gostam depois de cada competição: discutir nos bares, nas rodas de conversas entre amigos, quem jogou bola mesmo no torneio e merece vaga entre os onze melhores. A minha seleção está aqui:

ARQUEIRO


Justo Villar (Paraguay). De arqueiro irregular a herói nacional neste certame, Villar salvou e muitas vezes a sua seleção, foi assim nos 90 minutos, nos 120, mas principalmente nas penalidades decisivas. Brigou até o fim pela vaga com Muslera, do Uruguay, mas o fato de ter sido mais exigido no decorrer do certame foi o que pesou na minha eleição.



LATERAL-DIREITO


Maxi Pereira (Uruguay). Poucos foram tão regulares na posição quanto ele. Não é um craque, mas mostrou conhecimento do lugar simplificando tanto na marcação quanto no apoio. A camisa 2 é dele.



ZAGUEIROS


Diego Lugano (Uruguay). Líder da Celeste dentro de campo, o “Obdulio Varela do século XXI” fez uma Copa irrepreensível! Sem erros, e sempre muito bem colocado, foi um gigante na defesa charrua, onde facilitou e muito o trabalho de Muslera, e deu tranqüilidade para que jovens como Coates, não tremessem. Jogou neste certame, tanto ou até mais do que Fabio Cannavaro, Bola de Ouro no mundial da Alemanha em 2006.


Sebastián Coates (Uruguay). Grêmio e São Paulo devem estar arrependidos de não apostarem no potencial do jovem e longilíneo defensor (1,96m). Agora é tarde, pois os europeus vão cair em cima do Nacional e, muito provavelmente seu destino será mostrar seu talento na bola aérea e ótima recuperação e senso de cobertura em gramados italianos ainda nesta temporada. Foi eleito pela CONMEBOL o Craque Jovem do certame.



LATERAL-ESQUERDO


Pablo Armero (Colômbia). Não foi um certame onde brilharam os jogadores dessa posição, mas Armero mostrou o fôlego e talento no apoio de sempre. Foi o mais regular dos laterais canhotos da Copa, ainda que a sua seleção tenha ficado no meio do caminho.



CENTRO-MÉDIO


Diego Perez (Uruguay). Mostrou a mesma eficiência nos desarmes e senso de colocação que o fizeram um dos melhores da última Copa do Mundo. A partida contra a Argentina nesta Copa América já valeria sua eleição, mas ele jogou tudo aquilo no certame inteiro. Camisa 5 pra ele.



MEIAS


Fredy Guarín (Colômbia). Já havia realizado grande temporada no FC Porto, onde foi um dos grandes nomes da equipe na conquista da Europa League. Guarín conduziu quase sozinho o meio-campo colombiano e foi junto com Falcão Garcia e Armero um dos poucos que se salvaram na sua seleção.




Álvaro Pereira (Uruguay). O “motorzinho charrua” não parava um segundo sequer no lado esquerdo celeste. Puxava contra-ataques, marcava o lateral adversário e combatia na meia-cancha como um centro-médio. Foi um dos melhores do certame sem dúvidas.



ATACANTES


Diego Forlán (Uruguai). Não teve o mesmo brilho que fez dele o melhor da última Copa do Mundo, mas quando a Celeste precisou dele, ele não negou fogo. Foi assim na final contra o Paraguay. A Celeste não é a mesma sem o talento e a garra de Forlán.




Luis Suarez (Uruguay). Formou com Forlán uma das melhores e mais entrosadas duplas de ataque do mundo. O torneio continental apenas serviu para confirmar novamente esta condição. Quando Forlán não esteve bem, Suarez sempre deu a resposta e vice-versa. Os torcedores do Ajax, de Amsterdã, choram de saudade. Os “Reds” de Liverpool comemoram uma das melhores aquisições dos últimos anos.




Paolo Guerrero (Peru). Sem Farfán e Pizarro, lesionados, sobrou para Vargas e Guerrero, a difícil missão de conduzir a fraca seleção no certame. Vargas criava na meia-cancha, enquanto Guerrero concluía com sucesso para o gol. Foi assim em seis oportunidades no certame, o que lhe garantiu a Chuteira de Ouro como artilheiro da competição. Preciso explicar sua eleição?!



TÉCNICO


Oscar Tabárez (Uruguay). Nada mais justo. A ressurreição Charrua no cenário futebolístico se deu por seu trabalho eficiente tanto na seleção principal como nas seleções de base. Tabárez entra definitivamente na já rica história do futebol uruguaio. E com muitos méritos.



REVELAÇÃO

Sebastián Coates (Uruguay).

CRAQUE DO CERTAME

Diego Lugano (Uruguay).




Semana que vem volto para uma missão ainda mais difícil: a escolha dos piores do certame. Essa eu quero ver…

Agora quero saber a seleção de vocês como ficou. Mandem.



Abraço e até semana que vem!


*Germano "Iceman" Neres é blogueiro do POLIVALENTE e colaborador semanal do Miojo Genérico.

2 comentários:

  1. Caro "Iceman"...

    Perfeita a tua seleção, mas cabe a mim, que sou da posição, discordar em apenas um ponto: O goleiro... Deixar de fora o grande Muslera que nas quartas de finais "levou nas costas" a celeste olímpica, contra a "toda poderosa" Argentina acho q seria uma tremenda injustiça. Mas fica aqui o meu post, admirando cada vez mais o conhecimento esportivo do nobre amigo.

    abraços

    Victor Muralha!

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  2. Falou quem conhece! heheheh Eu sei que tu não serás o primeiro a discordar, Muslera foi estupendo, mas o Villar também foi bastante exigido. O uruguaio também seria uma justa escolha, mas só posso escalar um goleiro... hehehe Abraço e valeu pelas palavras e pelo comentário, meu grande e também nobre amigo Victor! Grande abraço!

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TEMPERE