sábado, 2 de abril de 2011

C’MON MAN?! O Mundo dos Esportes Americanos.
Por Germano “Iceman” Neres.





UMA TARDIA, MAS JUSTA HOMENAGEM

A noite do dia 1 de Abril de 2011 não será lembrada pelos fãs de basket como mais um “Dia da Mentira”. Muito menos pelos fãs que lotaram o Palace of Auburn Hills Arena em Michigan. Esta noite será lembrada como aquela em que um dos maiores jogadores da história da NBA foi homenageado por seu ex-time: Dennis Keith Rodman teve sua camisa de número 10 imortalizada pelo Detroit Pistons.
Dennis Rodman foi um jogador fantástico! Aí alguns me dirão: Como?! Se ele teve apenas 7,3 pontos de média por partida em 14 temporadas?! Pois é. Definitivamente, Rodman não era um exímio pontuador em quadra. Mas seus números defensivos são pra lá de expressivos: média de 13,1 rebotes por partida, sendo que da temporada 91/92 até 97/98, ele liderou as estatísticas neste quesito (recorde até hoje não igualado); na temporada de 91/92 ele obteve a sua melhor média na liga: 18,7. Impressionante, não? Lembro que naquele tempo eu estudava à noite, e a TV Bandeirantes era quem detinha os direitos de transmissão dos jogos e muitas vezes eu matava aula só pra vê-lo jogar. Quer dizer…eu matava aula pra ver o Jordan também; e o meu Knicks; bom... resumindo: lembro que eu matava aula pra assistir aos jogos da NBA, e muitos deles era dos Pistons, daí acompanhar o Rodman era natural.
Quem o acompanhou durante toda a sua trajetória como eu o fiz, com certeza tem saudades do grande jogador que ele foi, da entrega dentro de quadra, nunca havia bola perdida, o garrafão era o seu quintal, e quando ele entrava em quadra o assumia como proprietário, jamais como inquilino. E olha que ele não jogava contra “ninguém” em seu tempo; enfrentava jogadores tão talentosos quanto ele, como por exemplo, Larry Bird, Karl Malone e Charles Barkley, só pra ficar nestes.
No início de carreira, Dennis Rodman chamava a atenção por sua versatilidade em quadra, podendo executar diversas funções durante o jogo, chegou a jogar de armador e ala nos Pistons. Phil Jackson mais tarde nos Bulls também o utilizou assim algumas vezes, mais foi jogando na posição quatro que ele se consagrou e conquistou o reconhecimento e o respeito de todos na NBA.
Não posso falar de Rodman sem citar suas extravagâncias fora de quadra também. Entre as mais conhecidas, namorou a cantora Madonna, e foi casado ainda que por um dia, com a atriz Carmen Electra, que na época, vamos combinar, era de largar a família… na justificativa da anulação do tal casório, Rodman disse ao juiz que tanto ele quanto Carmen não lembravam de nada, pois estavam muito bêbados.
Rodman defendeu o Detroit Pistons (86-93) conquistando dois títulos (89, 90), o San Antonio Spurs (93-95), Los Angeles Lakers (98), Dallas Mavericks (99), mas foi no Chicago Bulls (95-98) que ele viveu sua melhor fase. Sob o comando de Phil Jackson, Rodman consolidou-se como grande defensor e dominou “sozinho” o garrafão do time de Chicago com média de 15 rebotes por jogo nas três temporadas em que ficou por lá. Isto é fato. Dennis Rodman não teve parceiros no garrafão dos Bulls e sim criaturas como Will Perdue, Stacey King e Luck Longley! Aliás, a troca de Perdue por Rodman com os Spurs, eu afirmo que fôra o maior negócio da história do Chicago Bulls! Não tenho a menor dúvida. Em Chicago, Rodman foi campeão da liga três vezes (96, 97 e 98) sendo de suma importância na última, quando marcou ninguém menos que Karl Malone do Jazz. Foi duas vezes escolhido para o All Star Game (90 e 92) e duas vezes eleito o Jogador Defensivo do Ano (90 e 91).
Na noite passada o gigante do garrafão foi às lágrimas com a homenagem do time que o draftou. Foi a primeira vez que o vi chorando, acho. Mas é compreensível. Estavam ali presentes alguns de seus colegas dos tempos de Pistons, estrelas que brilhavam tanto quanto ele e, que eram chamados de “Os Bad Boys de Michigan”, eram eles: Isiah Thomas, que jogava demais; e Joe Dumars, um dos maiores nomes dos Pistons em todos os tempos.
Joe Dumars disse: “- Ele foi um dos grandes Bad Boys, sem dúvida!” Rodman mal conseguia falar, e de novo acho que vi algo inédito: Ele foi modesto ao falar depois de ver exibidas no telão da Arena várias imagens lembrando seus momentos, e depois quando viu sua camisa subindo até o teto do Palace of Auburns Hills Arena: “- Em cerca de quatro semanas eu vou ter 50 anos. Não acredito que fiz tanto para receber isto.”
Sim, Dennis Rodman. Tu fizeste isto e muito mais para receber esta tardia, mas merecida, justa e reconhecida homenagem. Tanto do Detroit Pistons, que a fez na noite de ontem, quanto minha, que a faço através deste post. Abaixo, um vídeo com alguns dos melhores momentos da carreira brilhante de Rodman.




Muito Obrigado, Dennis Rodman!

Um comentário:

  1. Germano "Iceman" Neres2 de abril de 2011 às 09:47

    Dedico esta coluna ao meu irmão Juliano. Poucos são tão fãs de Dennis Rodman quanto ele.

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