sábado, 7 de maio de 2011

C'MON MAN?! O Mundo dos Esportes Americanos

Por Germano "Iceman" Neres*


E O PRÊMIO DE MVP DO ANO VAI PARA…

Em meio aos confrontos dos playoffs da NBA tivemos esta semana, a premiação mais esperada do ano, a de MVP da regular season, não que a grande maioria do pessoal que acompanha de perto o Basket não desconfiasse ou não tivesse quase certeza de quem seria o vencedor, mas era preciso a confirmação e ela veio: o MVP da temporada regular é… Derrick Rose, do Chicago Bulls. É a 2ª vez que um jogador dos Bulls é eleito MVP, o 1º, lógico, foi Michael “Air” Jordan, que ganhou 5 vezes. Rose tem pela frente agora, o desafio de derrubar a “Maldição do MVP”, chamada assim porque desde a temporada de 2002/2003, nenhum detentor do prêmio consegue conduzir sua equipe ao título da liga. Tim Duncan foi o último a realizar tal façanha com o seu Spurs, já Jordan só não conduziu os Bulls ao título “com o troféu debaixo do braço” em uma oportunidade, em 1987/88. Parabéns ao Derrick Rose! Prêmio mais do que justo.

Dentro da quadra…

Ainda sobre os Bulls, e já com o troféu de MVP em seu armário, Rose, na noite de quarta-feira conduziu os Bulls à vitória no jogo 2 por 73@86, com uma grande atuação dele anotando 25 pontos/10 assistências, e empatando a série em 1-1. Na noite de ontem, no 1º jogo desta série na Geórgia, o MVP mais uma vez só na fez chover dentro da Philips Arena e conduziu Chicago à vitória por 99@82 e à liderança na série por 2-1. Rose anotou incríveis 44 pontos/7assistências, os demais starters do time foram discretos demais, casos de Carlos Boozer (6pts/6rebs) e Luol Deng (7pts/6rebs), Joakim Noah anotou apenas 2 pontos, mas contribuiu defensivamente com 15 rebotes e 5 tocos, por isso, a vitória dos Bulls passou muito pela contribuição do banco, que anotou 34 pontos, com destaque para Taj Gibson (13pts/11rebs). No Atlanta, sua arma do banco desta vez não funcionou, tudo porque Jamal Crawford anotou apenas 7 pontos em 28 minutos, sendo que sua média nesse mesmo tempo de quadra é de no mínimo o dobro disto, já nos starters dos Hawks, destaques para Jeff Teague (21pts) e Josh Smith (17pts/13rebs), Joe Johnson, de grande atuação no jogo 1 em Chicago, não passou dos 10 pontos e teve atuação apagada. O jogo 4 será amanhã, na Geórgia.

Duelo com cara de 7 jogos.

Grizzlies @ Thunder fizeram o 2º duelo em Oklahoma e mais uma vez um grande jogo. Só que desta vez não deu para a “sensação” dos playoffs, o Thunder entrou em quadra muito atento, muito concentrado, e com Kevin Durant a fim de jogo, aí ficou difícil. Foram 26 pontos dele, que com o auxílio de Westbrook (24pts/6ast), e as contribuições do banco de James Harden (21pts) e Eric Maynor (15pts) conquistaram a vitória. No lado de Memphis, Conley (24pts/8ast) e Marc Gasol (13pts/10rebs/5bs) foram os destaques, Zach Randolph apesar de seus 15pts/9rebs teve atuação discretíssima, com um péssimo aproveitamento nos arremessos de quadra (2/13) marcando muitos de seus pontos da linha de lance livre (11/12). O Thunder venceu por 102@111, e empatou a série em 1-1, com jogo 3 sendo realizado hoje no Tennessee.

Uma certa dupla infernizou os Celtics…

Boston Celtics @ Miami Heat também fizeram o 2º jogo do duelo, ainda na Flórida. Os Celtics pareciam dispostos a não permitir a vitória que daria à Miami uma vantagem considerável na série. Vencer era importante para voltar à Boston e vencer os dois jogos passando toda a pressão para o outro lado, mas o Heat queria a 2ª vitória para ter tranqüilidade ao jogar os próximos dois confrontos em Massachusetts. E o Heat usou de suas melhores armas para encurralar os Celtics: velocidade e o talento individual. A velocidade do Heat é uma coisa que impressiona demais! Velocidade na transição, no retorno à defesa, na execução das jogadas, tudo. Boston sente quando enfrenta equipes que se utilizam desses recursos, basta lembrarem os dois primeiros jogos com os Knicks em Boston na 1ª rodada, onde a rápida transição de NY causou tanta confusão na marcação deles, que quase os Knicks venceram os dois confrontos no TD Garden. Depois… bem, depois todos lembram o fim da história, não preciso repetir. O jogo na Flórida foi equilibrado até a metade do 4º período, nesta altura do jogo, os Celtics costumam sempre defender como nenhum outro time faz na liga, mas dessa vez foi diferente, porque entraram em cena e juntos, dois dos integrantes daquele que chamo de “Trio Ternura”: Dwayne Wade e LeBron James. O placar mostrava empate em 80@80 quando Wade encontra Mario Chalmers livre fora do perímetro e o mesmo converte o arremesso de três pontos, na seqüência, Wade arremessa, a bola bate no aro e James aproveita o rebote e crava na cesta. Passados menos de 2 minutos desde o empate até este lance de James, o placar mostrava agora vantagem de 7 pontos em favor dos donos da casa, dali pra frente só deu a dupla. Wade anotou 28 pontos/8 rebotes, o outro integrante do trio, Chris Bosh (17pts/11rebs) foi bem, mas a noite foi de LeBron James e seus 35 pontos. Com destaque para um toco sensacional em Rondo no fim do jogo, onde parado no ar interceptou a bola. O próprio Rondo (20pts/12ast) foi o destaque de Boston, ao contrário de Garnett (16pts/6rebs) e Paul Pierce (13pts) que estiveram bem abaixo da media de suas atuações em playoffs. Miami venceu por 91@102 e fez 2-0 na série, que agora vai para Boston, com o jogo 3 a ser realizado hoje no TD Garden, com transmissão ao vivo pela ESPN a partir das 21 horas, horário de Brasília.

Bryant bem que tentou diminuir a vantagem no Texas, mas o alemão…

O American Airlines Center estava um autêntico caldeirão para receber o jogo 3 entre Lakers @ Mavericks, o 1º da série na casa dos “Mavs”. E foi uma partida espetacular até soar a campainha! Os Lakers necessitavam da vitória para diminuir a vantagem de Dallas, vindo de 2 triunfos na Califórnia, e partiram pra cima sob o comando de Kobe Bryant (17pts), que bem marcado por Jason Kidd (11pts/9ast) pouco conseguiu fazer, Pau Gasol (12pts/8rebs) foi outro apagado no jogo. Aos Lakers restou recorrer ao banco e de lá saiu Shannon Brown (10pts), igualmente apagado. Lamar Odom (18pts) e Andrew Bynum (21pts/10rebs) foram os únicos destaques de LA, mas o mérito dessa baixa contribuição das estrelas de LA é todo da defesa dos Mavs, que pressionaram o jogo inteirinho forçando o Lakers a vários turnovers, principalmente Bryant, Gasol e Fisher, Los Angeles obviamente sentiu o jogo com isso. Com Ron Artest suspenso devido à agressão a Jose Barea no jogo 2, o Head Coach Phil Jackson dos Lakers tentou uma formação com 3 homens de garrafão (Bynum, Gasol e Odom) para trancar as ações de Tyson Chandler e principalmente de Dirk Nowitzki debaixo da cesta, e foi aí que entrou em cena o fantástico alemão. Nowitzki jogou a maior parte do tempo com Odom em seu encalço, mas parecia que não havia ninguém. Dirk simplesmente saía do garrafão abrindo espaços para as infiltrações de Kidd, Barea, Terry, isso quando não a recebia fora do perímetro e convertia cestas de 3 pontos. Nowitzki (32pts/9rebs) comandou a espetacular vitória dos Mavs, mas contou com a grande contribuição de Jason Terry (23pts) e Peja Stojakovic (15pts) que saíram do banco. No início do 2º tempo os Lakers até tomaram a dianteira no placar e pareciam que iam vencer, mas quando as bolas de 3 pontos de Dallas começaram a cair, não houve jeito, foram 12/29 de Dallas contra apenas 3/13 de LA, Nowitzki (4/5) foi o que obteve melhor aproveitamento, mas Stojakovic também ajudou os Mavs e mostrou porque está entre os maiores arremessadores de 3 pontos da história da liga (é o 3º atrás somente de Reggie Miller e Ray Allen). Além das grandes atuações de Nowitzki, Terry e Stojakovic, o banco dos Mavs, com 42 pontos contra apenas 15 de LA foi um dos fatores decisivos para mais um grande triunfo. Os Mavericks venceram por 92@98, e fazem 3-0 na série obrigando LA a sonhar com o milagre já citado aqui: Nunca na história da NBA um time que perdia por 3-0 conseguiu virar a série, apenas 3 equipes que perdiam por esta diferença conseguiram até forçar o jogo 7, mas todos perderam o jogo derradeiro. Phil Jackson e seus pupilos têm pela frente uma missão árdua, contrariar a história da NBA. Mas se serve como inspiração, os torcedores dos Lakers têm alguns exemplos em outras ligas nos USA, como o Hockey, por exemplo, onde isso aconteceu 3 vezes, uma delas no ano passado, quando o Boston Bruins vencia a série por 3-0 e o Philadelphia Flyers venceu os 4 jogos restantes e foi á final. No Baseball aconteceu somente uma vez, e particularmente não esqueço, porque foi com o meu Yankees em 2004, que vencia por 3-0 e permitiu a reação e a virada logo do Red Sox, que decidiu a World Series na seqüência. O jogo 4 será amanhã, no Texas. Alguém aposta na 1ª virada no Basket? Quem viver verá.

DUAS VARRIDAS, UMA DEFINIÇÃO, E ALGUNS ENCAMINHAMENTOS NOS PLAYOFFS DO HOCKEY.

A 1ª varrida nos playoffs desta temporada no Hockey aconteceram através do Tampa Bay Lightning, que venceu na noite de quarta-feira o Washington Capitals e fez 4-0 na série, aqui aproveito para uma correção: no post anterior, eu escrevi que o Lightning, após bater os Capitals na capital estadunidense fazendo 2-0 abriria a série em Tampa na quarta, na verdade foi na terça e eles venceram por 3@4 fazendo até ali 3-0 na série, na quarta ocorreu o jogo 4, peço desculpas pelo erro. O Lightning venceu os Capitals por 3@5 desta vez e não deu chances de reação ao time do craque Alex Ovechkin. Destaques nesta vitória para o Ala-Esquerda Sean Bergenheim, com 2 gols, e para o Center Dominic Moore e o Ala-Direita Steve Downie, com 2 assistências cada. Vincent Lecavalier, de grande atuação no jogo anterior, não marcou, mas deu a assistência para o 1º gol do Lightning no jogo. O arqueiro de TB, Dwayne Roloson também se destacou realizando 33 defesas dos 36 tiros à sua meta.

Lá vêm os Canucks…

Na quinta-feira foi a vez de Vancouver Canucks @ Nashville Predators se enfrentarem na cidade de Nashville pelo jogo 4. Vitória dos Canucks por 4@2, em uma partida muito disputada, em que os visitantes saíram na frente com gol do defensor Christian Ehrhoff no minuto 15. Depois de muito lutar, criar oportunidades e não conseguir convertê-las, o Nashville encontra o gol de empate através do Ala Joel Ward, beneficiando-se do Power Play no minuto 19, aliás, foi o 1º gol de Power Play dos Predators nos playoffs. Os Canucks mais uma vez imprimiram sua velocidade e força na defesa, e no minuto 9 do 2º período, Alexander Edler põe os visitantes na frente novamente. Os Predators eram valentes e apoiados pela torcida empataram mais uma vez com gol de Cody Franson no minuto 3 do 3º e último período, mas Vancouver era superior e no minuto 7 o Center Ryan Kesler recoloca os Canucks na liderança do placar de novo aproveitando o Power Play. Nos últimos segundos de jogo, os Predators foram pra cima retirando o seu goleiro e pondo mais um jogador na linha (como é permitido no Futsal), mas em um contra-ataque, Henrik Sedin avança e marca seu 1º gol nestes playoffs, confirmando a vitória dos Canucks por 4@2, e a liderança na série por 3-1. O jogo 5 será hoje em Vancouver, e em caso de vitória dos Canucks, eles avançam às finais da Conferência Oeste pela 1ª vez desde 1994.

Alguém em Boston aprendeu a lição…

Foram os Bruins, que bateram na noite de ontem, em Boston, o Philadelphia Flyers por 1@5, e varreram o rival com 4-0 na série. Vale lembrar que no ano passado, os Bruins venciam por 3-0 e o final eu citei acima ao falar das chances do Lakers no Basket. Destaques para Milan Lucic, autor de 2 gols, e para o arqueiro Tim Thomas, que parou 22 dos 23 tiros à sua meta.

Alguém desperdiça a chance de varrer, mas segue liderando…

Outro que poderia ter varrido seu oponente é o San Jose Sharks, que perdeu para o Detroit Red Wings por 3@4 em Detroit, e agora lideram a série por 3-1. O jogo 5 será amanhã, em San Jose.

Com isso, a 1ª final de Conferência definida é a do Leste, onde se enfrentarão o Tampa Bay Lightning e Boston Bruins. Jogo que promete ser muito disputado, com amplas chances de ir até o jogo 7.


NO HUDDLE

As Rapidinhas da NFL

Definida a capa do melhor jogo de Football para videogame. E o jogador que irá estampá-la é o grande… Peyton Hillis, Running Back do Cleveland Browns??!!

Pois é. Depois de jogarmos o mais real jogo de Football dos consoles, com Brett Favre na capa (2009), Troy Polamalu & Larry Fitzgerald (2010) e Drew Brees (2011), em 2012 teremos o Running Back do pior time da liga. Os números de Hillis na temporada passada não foram ruins: 270 tentativas, 1. 177 jardas terrestres, média de 4,4 e 11 TD. O problema é que todos esperavam Aaron Rodgers na capa, ou Donald Driver, até. Mas como a escolha foi por votação, e os fãs de Hillis em Cleveland votaram em peso, deu nisso. De alento para os fãs de Rodgers ou Driver, é o fato de que se a tão falada “Maldição do Madden” se fazer presente novamente, não será nenhum de seus ídolos a vítima. A “Maldição do Madden” segundo falam os americanos, consiste no fracasso do jogador que estampar a capa do jogo, ou não jogar nada, ou se lesionar gravemente no ano do lançamento do jogo, ou no seguinte. Favre em seu ano de capa lesionou-se e perdeu vários jogos, Fitzgerald não fez boa temporada ano passado, e Brees não conseguiu fazer os Saints vencerem o time mais fraco dos playoffs do ano passado perdendo para os Seahawks, apenas Polamalu fez boa temporada sendo eleito o Jogador Defensivo da temporada passada, porém foi derrotado no Super Bowl para os Packers de Rodgers. É esperar pra ver. Se a maldição pegar o Hillis, pobre Cleveland Browns!


LET’S GET READY TO RUMBLE!

A Nobre Arte no MIOJO

O MGM Grand vai tremer na noite de hoje em Las Vegas, Nevada. Manny “Pac Man” Pacquiao enfrentará “Sugar” Shane Mosley, em combate valendo o cinturão dos Meio-Médios.

Todos esperavam que o adversário de Pacquiao fosse o Floyd Mayweather Jr, aliás, todos esperam e clamam por este combate, mas Floyd já “amarelou” inúmeras vezes e o combate parece cada vez mais distante, até porque Pacquiao já pensa em pendurar as luvas no fim do ano e dedicar-se apenas à carreira política. Pacquiao é deputado em seu país, as Filipinas.

Será um duelo de dois dos maiores pugilistas da história. Pacquiao é o único pugilista da história da Nobre Arte campeão mundial em 8 categorias distintas, e Mosley é igualmente multi-campeão em diversas categorias. Aposto minhas fichas no filipino por ser mais rápido, mais veloz e mais jovem (32 anos), Mosley apesar de excelente pugilista, já está com 39 anos e sem a velocidade de outros tempos, mas ainda assim suas mãos ainda são rápidas o bastante para nocautear qualquer um que se descuide em sua frente.

Abraço!




*Germano "Iceman" é blogueiro do POLIVALENTE onde escreve sobre esportes americanos e esportes em geral, além de outros assuntos. E é colaborador semanal do MIOJO GENÉRICO.

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